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domingo, 24 de julho de 2011

Eram apenas crianças correndo da chuva. Eles se amavam, mas nunca haviam dito um para o outro.  Ela estava encharcada, sua maquiagem semi borrada, já dava leves espirros por conta do frio. Ele segurava sua mão, e corria tentando encontrar um lugar para se esconderem de tanta água. Ela queria parar ali. Ele também. Ela segurava a mão dele como se fosse perder a qualquer instante, perde-lo seria terrível. Ele parou. Ela sorriu. Eles se olhavam, paralisados admirando a beleza dos olhos, e por um instante não se ouvia a chuva, as gotas caiam tão devagar que era possível contá-las. Ele pegou nas mãos dela. Ela abaixou a cabeça, e sorriu. Ele tocou seu rosto com as mãos molhadas e trêmulas. Ela levantou a cabeça devagar e pode observar como ele sorria. Ele iria dizer que a amava, ele ia, naquela hora. Ela chegou mais perto, sentiu seu cheiro, e contemplou mais pausadamente o brilho dos olhos daquele garoto. As palavras não saiam de seus lábios é como se sua voz tivesse sumido. Ela também queria dizer, mas não tinha coragem. Mas antes que tudo pudesse acabar, ele a beijou. Ela continuou. Aquilo era perfeito demais, era um sonho que se realizava, mas como todo sonho não pode durar para sempre. Ele não estava mais ali, e uma luz forte que vinha de fora fez com que ela abrisse os olhos. Era só um sonho como era de se esperar.

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